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Entrevista | Deputado Rodrigo Minotto dialoga para traçar alternativa eleitoral em Criciúma

Por: Marcos Schettini
15/01/2020 00:32
Rodolfo Espínola/Alesc

Deputado estadual em segundo mandato e forte liderança do PDT em Santa Catarina, Rodrigo Minotto se destacou em 2019 não somente pelo trabalho em prol da Educação, mas também pela proximidade com o governador Carlos Moisés. Com visibilidade para ser alternativa eleitoral em Criciúma, sua região eleitoral, Minotto diz que jamais irá impor seu nome como candidato, mas que irá dialogar para construir um projeto diferente. Em entrevista exclusiva ao jornalista Marcos Schettini, defendeu o legado de Maneca, disse que Ciro Gomes tem um verdadeiro projeto para o Brasil e que gostaria que a maior cidade do Sul do Estado tivesse uma gestão “mais humana”. Confira:

Marcos Schettini: A dupla Minotto e Paulinha têm sido defensores do governador Carlos Moisés. Por que se o PDT apoiou Gelson Merisio?

Rodrigo Minotto: Nós defendemos ideias e ações que possam melhorar Santa Catarina. E entendemos que o governador Carlos Moisés vem colocando em prática uma série de projetos que estão modernizando e transformando para melhor a vida dos catarinenses. E sempre que ele fizer isso, terá nosso apoio institucional, republicano. É importante deixar bem claro que este apoio meu e da Paulinha não está condicionado a nenhum cargo no governo ou vantagem pessoal. É uma união de esforços pelo bem do desenvolvimento do nosso Estado.

Schettini: O Maneca é um quadro dos tempos do Brizola e do Neiva Moreira. O modo de fazer política dele exauriu?

Minotto: Certos modos de fazer política são atemporais, não se exaure nunca, porque na sua essência visa o que a política tem de nobre: lutar para melhorar a vida de nossa gente. Essa é e sempre foi a essência da política feita pelo Maneca. Por isso ele continua atual e importante pela experiência e conhecimento que traz consigo.

Schettini: O governador passou o 1° ano afirmando a velha frase de arrumar a Casa. Qual é a linha que ele vai adotar em 2020?

Minotto: Na minha opinião, o governador vem arrumando a casa, modernizando o governo, cumprindo bem sua missão de combater o mau uso do dinheiro público e gerando economia para fazer os investimentos necessários. Espero que em 2020 ele continue esse trabalho que com certeza vai colocar nosso Estado em um patamar mais alto de bem-estar para as pessoas. Tenho convicção de que este será um ano de realizações. Recente pesquisa do site G1 já o aponta entre os melhores governadores do Brasil no primeiro ano de mandato estando na 4ª colocação.


Deputado Minotto ao lado do governador Carlos Moisés e do chefe da Casa Civil, Douglas Borba (Foto: Divulgação)

Schettini: O senhor é o candidato dele para a Prefeitura de Criciúma?

Minotto: Não, o governador tem o seu partido, nós temos o nosso. Gostaria muito de ter o seu apoio, porque sinto nas ruas a aprovação do governo que ele comanda. Ter o apoio do governador Moisés me estimula e representa um apoio fundamental para o desenvolvimento econômico e social de Criciúma. Mas essa questão vai ser definida lá no período da eleição. Eu sigo focado no meu trabalho na Assembleia Legislativa.

Schettini: Qual sua relação com os deputados Jessé Lopes e Daniel Freitas agora afinados no Aliança Pelo Brasil?

Minotto: Tenho uma relação institucional, de respeito, com ambos. Mas com o deputado Daniel mais acessível.

Schettini: A fidelidade partidária é uma instituição patética? O PSL tem seis estaduais e quatro federais que jogam com o 38 e não o 17 do Moisés. Por quê?

Minotto: Entendo que a fidelidade partidária é uma instituição importante. O PDT é meu único partido há 27 anos, desde que o ex-prefeito de Forquilhinha, Vanderlei Ricken, me convidou a assinar filiação. Desde então, acompanho meu partido em seus movimentos, procurando sempre contribuir com seu fortalecimento.

Schettini: O Ciro Gomes tem batido no Lula e no Bolsonaro. Ele quer agradar qual seguimento quando Doria e Huck buscam o centro?

Minotto: O Ciro não busca agradar este ou aquele segmento. O Ciro busca passar para as pessoas um projeto de país, com começo, meio e fim, que resgate o emprego e a educação de qualidade, que impulsione a indústria nacional, que ofereça oportunidades para todos. Que destaque novamente de forma positiva o Brasil no mapa do mundo.

Schettini: Qual sua avaliação do mandato que o senhor realizou em 2019?

Minotto: Deixo essa opinião para os catarinenses. Pessoalmente, entendo que meu mandato em 2019 cresceu em relação ao mandato anterior, fruto de meu amadurecimento como deputado e das atuais relações na política. Foi um ano de muitas conquistas, e cito uma marcante que foi a liberação de mais de R$ 200 milhões em bolsas de estudo dos Artigos 170 e 171. Uma ação através de Frente Parlamentar das Universidades, que coordeno na Assembleia Legislativa, e que possibilitou mais de 30 mil alunos a cursarem uma faculdade. Agradeço a sensibilidade do governador Moisés e do secretário de Estado da Educação, Natalino Uggioni. Foram parceiros e já adiantaram praticamente o mesmo valor para este ano. Fomentar um futuro melhor para nossos jovens através da educação é uma grande oportunidade de construirmos um Estado e um País melhores.

Schettini: Quais as qualidades e fragilidades do governo Clésio Salvaro?

Minotto: A boa aprovação do governo Clésio Salvaro mostra que ele tem mais qualidades e menos fragilidades. No entanto, eu faria algumas coisas de outra forma. Teria um olhar diferente para a saúde e as pessoas, por exemplo. Gostaria de uma gestão mais humana, democrática, onde as pessoas sejam a prioridade.

Schettini: O deputado Luiz Fernando Vampiro é ligadíssimo a Moisés e líder do MDB. É correto que ele apoie seu nome para a prefeitura em Criciúma?

Minotto: Nunca tratamos disso. Mas esta é uma pergunta para o amigo e colega Vampiro. Não me cabe opinar sobre isto.


Schettini: Quais são os maiores desafios de Criciúma?

Minotto: Em primeiro lugar é preciso deixar claro que uma candidatura à Prefeitura de Criciúma jamais será uma imposição pessoal. Tenho sido estimulado por setores da sociedade a dialogar e construir um projeto diferente para a cidade. Penso que a maior contribuição que eu posso dar ao processo eleitoral é abrir o diálogo. Discutir os problemas de Criciúma e apresentar soluções.

A educação é uma marca do meu mandato, e continuará sendo se for prefeito. Também penso que seja urgente a criação de um Plano de Desenvolvimento Econômico e Social.

Mas a saúde deve ser prioridade sempre. É a área mais sensível de qualquer comunidade. É inimaginável que qualquer pessoa, em especial crianças e idosos, não tenham como cuidar de sua saúde enquanto o governo dá atenção a outras áreas que não tem essa urgência. Sinto a angústia das pessoas, e isso me entristece.

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